Além de saber escrever bem o português, é preciso aprender a "decifrar" todos os sotaques existentes. Segue um texto que demonstra bem isso. Está escrito como os mineiros (residentes de Minas Gerais) falam, com sua "tradução" para o português culto escrito. Tentem entender!
Cêis são o colírio do meu ôiu.
São o chiclete garrado na minha carça dins.
São a maionese do meu pão.
São o cisco no meu ôiu (o ôtro oiu - eu ten dois).
O rechei do meu biscoito.
A masstumate do meu macarrão.
O lidileite das manhã..
O kidicarne quinôs comê de cada dia..
Deusduceu!
È doidimais oqueu sinto...
êta ferro,
Gosto dimais da conta docêis, uai.
Cêis são tudim pra mim:
onquié quieuia rumá tanto amigo assim modeus!
O videperfume da minha pintiadêra.
O dentifriço da minha iscovdidente.
Óiproceisvê,
Quem tem amigos assim, tem um tisôru!
Eu guárdêsse tisouro, com todo carin,
Do Lado Esquerdupeito,
e numdianta pertá quenumsai
de dentro do Meu Coração!!!
Ô lasquera sô...
Tudossêis é um trembão na minha umirde vida.
Tradução
Vocês são o colírio do meu olho
São o chiclete agarrado na minha calça “Jeans”
São a maionese do meu pão
São o cisco no meu olho (o outro olho – eu tenho dois)
O recheio do meu biscoito
A massa de tomate do meu macarrão
O litro de leite das manhãs…
O kilo de carne que nós comemos a cada dia…
Deus do céu!
É doido demais o que eu sinto…
Eita, ferro
Gosto demais da conta de vocês, “uai”
Vocês são tudinho para mim:
Onde é que eu ía arrumar tanto amigo assim, meu deus!
O vidro de perfume da minha penteadeira
O dentrífico da minha escova de dentes.
Olha, pra vocês verem,
Quem tem amigos assim, tem um tesouro!
Eu gardo esse tesouro com todo o carinho,
Do lado esquerdo do peito,
E não adianta apertar que não sai
De dentro do meu coração!!!
Oh, “lasquera, sô”
Todos vocês são um “trem” bom na minha humilde vida
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